1

O dia dos namorados passou


As águas inundaram as ruas, na ladeira da cotovia o volume era tão grande que mais se assemelhava a uma grande corredeira despontando entre o casario e os arvoredos em busca incessante pelo mar...
As nuvens acinzentadas me lembraram Londres, era ainda dia mais a impressão que me passou foi de noite e que noite!
Quando os raios rasgaram os céus e os estampidos dos trovões pipocavam no horizonte tão violentamente que imaginei o nosso mundo estivesse em guerra e as pessoas buscavam abrigo nas encostas dos prédios ou entre arvores da praça. Mais os amores em sua lentidão de certa coerência faziam vertentes nos filetes coloridos das emoções embarcando na nau da eterna paixão no porto das flores e de cujo destino seria a ilha dos prazeres, mais uma luz forte, azul cortou o horizonte em duas metades e, de tal forma como nos filmes fez separar a abobada em duas metades quando uma desapareceu como éter mais a outra brilhou o cenário de um dia inesquecível de verão, assim: eu, você, as águas da fonte da eterna juventude circulando em nossas veias, aquecendo o nosso ser e borboletas multicoloridas rondando as nossas cabeças espalhando o aroma inconfundível de centenas de primaveras, o amor se fez presente... Assim, nos felizes sobreviventes caminhamos sobre as areias finas daquela praia solitária e que lembrança inconfundível de nossas vidas, de nossas famílias, de um amor interminável a bailar em nossas mentes ao das belíssimas musica de nosso tempo e que aconchego querida. Você me pegou pelas mãos e nos beijamos ardentemente no frio de Buenos Aires, um sobretudo s engoliu os dois, mais aquele beijo repleto de volúpia e carinhos e carinhos fez explodir o flash da maquina do fotografo mambembe de cujo clarão apagou a cena e não mais eu estava contigo, mais solitário no vazio de meu quarto e ainda abraçava o travesseiro que pensava ser tu mais nem o teu cheiro tinha o ar. Nesse momento apareceu em minha frente um grande calendário e o dia 12 de junho se passara, o dia dos namorados e nos ainda não estávamos namorando, mais fica gravado em nossas mentes, vidas cansadas que nunca é tarde para amar e, assim eu continuo a te esperar, vem para mim, vem amor...



Airton Gondim Feitosa
Publicado no Recanto das Letras em 21/06/2010
Código do texto: T2333014

Qual a sua opinião sobre o tema da crônica de hoje?

|

1 Comments


Você anda sumida, Anne! Só passei para lhe deixar um abraço!

Até...

Copyright © 2009 Uma história para cada dia All rights reserved. Theme by Laptop Geek. | Bloggerized by FalconHive.